terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Legolas and Arwen - Pieces (Full) - Bruxaria Tradicional não é Wicca.




Bruxaria e Wicca são dois caminhos distintos e separados.

Bruxaria Tradicional tem existido por muitas centenas de anos antes da Wicca.

Bruxaria Tradicional é uma tradição de família que vêm de um passado histórico comum.

Ao contrário da Wicca, a Bruxaria tradicional tem como o objetivo continuar praticando a Velha Arte que antecede o século XX, sendo assim não gosta de englobar em sua filosofia conceitos new age.
Ela procura seguir o modelo das famílias e irmandades.

Há diferenças entre a Bruxaria Tradicional e a Wicca, são gritantes! Vamos tentar esboçar um pouco das diferenças que conhecemos, mas nem de longe poderíamos aludir todas elas em absoluto, uma vez que os conceitos estão em constante descobrimento e mutação.

Nós não temos interesse em dar um caminho para a bruxaria, mas sim, desde que tomamos posse de nosso legado, podemos deixá-la fluir. No intuito de apontar suas diferenças, na conclusão de que ela nasceu com o paganismo, infanto - tal como uma criança, e se desenvolveu na era cristã alcançando sua maturidade como uma arte e ofício imutáveis e sempre transformados.

Embora sejam algumas vezes usadas como sinônimo, “Wicca” e “Bruxaria” são conceitos diferentes. A confusão se dá porque tanto os praticantes de Wicca quanto os de Bruxaria se denominam Bruxos. Da mesma forma, não devem ser confundidos os termos “Wicca” e “Paganismo”, uma vez que a Wicca é apenas uma das expressões do paganismo.



WICCA 

A palavra Wicca vem do Inglês Antigo, tendo sido reintroduzida no uso moderno daquele idioma por Gerald Gardner, em sua publicação de 1954. Embora Gardner utilizasse a grafia “Wica”, popularizou-se o uso de “Wicca”, mais aderente à etimologia da língua inglesa.

"Wicca" é o nome de uma religião contemporânea neo-pagã, largamente popularizada pelos esforços de um funcionário publico reformado inglês chamado Gerald Gardner (finais de 40). Nas ultimas décadas, Wicca espalhou-se em parte devido à popularidade entre feministas e outros que buscam uma religião com uma imagem mais positiva da mulher e mais próxima da terra. Como a maior parte das espiritualidades neo-pagãs, Wicca adora o sagrado como imanente à natureza, retirando muita da sua inspiração das religiões da Europa não-cristãs e pré-cristãs. "Neo-Pagão" simplesmente significa "novo pagão" e vem dos tempos anteriores ao espalhar das atuais religiões monoteístas. Uma boa regra é que os Wiccans são Neo-Pagãos mas nem todos os Pagãos são Wiccans. 


Gerald Gardner capturou conceitos e práticas externas para formar a sua marca, nova e exclusiva de bruxaria.

Muitos desses acréscimos nunca haviam sido parte de qualquer tradição de feitiçaria.
Wicca, é formada por tradições ocidentais populares européias, filosofia oriental e misticismo da cabala. 



Embora Wicca basear-se mais em atividades mágicas em seu início, desde então tem desenvolvido mais de um movimento espiritual da Nova Era.

Como um movimento, Wicca pode ser vista como um sistema eclético de crenças com um ritual estático subjacente e uma mudança de base ética.

É uma abordagem à espiritualidade que enfatiza um conjunto de princípios doutrinais e práticas promulgada por uma forma estruturada de ritual de iniciação ou rito de passagem dentro das leis do “clã” ou congregação.

O neopaganismo proposto por Gardner baseava-se em sua experiência na Ásia, onde viveu por muito tempo e entrou em contato com uma variedade de crenças ocultistas e práticas mágicas. Outra importante influência no surgimento da Wicca foi a obra do ocultista britânico Aleister Crowley. No fim dos anos 60, na onda dacontracultura hippie, da valorização de um estilo de vida anticonvencional e da busca pela espiritualidade, a Wicca ganhou muitos seguidores nos Estados Unidos. Os praticantes da Wicca fazem meditação e participam de vários rituais que celebram, por exemplo, a Lua cheia, o equinócio, o solstício de verão e o Halloween. Ao autointitularem-se como bruxos, os seguidores da Wicca têm levado muitas pessoas a associar esse movimento com o satanismo, o que é constantemente negado pelos seus praticantes.

Wicca é uma religião não-dogmática; ao contrário de qualquer outro sistema religioso maioritário, não há uma forma "certa" ou "errada" de observação. O indivíduo é livre de seguir uma das tradições principais ou para encontrar o seu próprio caminho. São as crenças, a filosofia e a ética que são importantes, não a sua expressão exterior. Para além das linhas de conduta básicas, não existem quaisquer "mandamentos" 




Bruxaria Tradicional A Bruxaria Tradicional, por outro lado, refere-se às crenças e práticas de famílias e organizações secretas da Arte que antecedem o século vinte. Normalmente, apesar de a doutrina e as práticas da Bruxaria Tradicional terem raízes em tempos muito antigos, o tempo mais longínquo que a maior parte das organizações tradicionais podem se datar com alguma exatidão é o século 17. Entretanto, a história do século 11 em diante testemunham práticas similares àquelas transmitidas hoje pelas bruxas tradicionais.

Uma breve descrição da natureza da witchcraft e suas práticas mágicas na Arte Antiga. O caminho da Bruxaria Tradicional é a chama acesa que vem do coração dita como vocação por muitos, a busca do caminhante por sabedoria, eis o círculo e seus mistérios que compõem e mantém vivo a essência, da fé nos costumes mágicos, da fé na Antiga Arte. Seu ritual é o Sabath o sonho que se faz carne, do êxtase.

Seu mistério encontra nas profundezas da terra, no submundo onde as raízes estão. Sua reverência aos espíritos ancestrais, ao sussurro ao ouvido, o sagrado na palavra, o segredo dos espíritos face a face, a consagração da terra natal, eis o círculo da Arte, em que nenhum pensamento profano está apto a entender, perguntas e respostas que só quem caminha no círculo ao redor da fogueira pode sentir seu significado. 



A Bruxaria Tradicional surgiu do animismo, surgiu do xamanismo, acrescentou cultura e costumes de povos antigos, teve um aumento sócio cultural tremendo com a vinda dos Celtas e assim com todo esse agregado de culturas, de costumes, de magia damos o nome de Bruxaria, Bruxaria Tradicional cujo o surgimento está nas famílias, clãs, tribos, aldeias.

Mas prevalece a pergunta - O que é Bruxaria Tradicional?, há tantas respostas diferentes quanto ha opiniões de entendidos no assunto, é um conceito vindo do entendimento subjetivo e individual, mas em resumo um conjunto de práticas que constituem a história de determinado povo, de determinado clã, baseado nos seus costumes, baseados nos seus segredos, embora exista uma grande parcela de estudos ligados aos povos da Europa que nos possa dar uma noção sobre o assunto, tais conhecimentos não nos remetem a raiz destes conhecimentos tão sagrados e seletivos. As linhas de diferentes faces da Bruxaria refletem a mesma como algo intrigante e complexo à abordagem do tema, algumas linhas se dividem outras se juntam em conceitos, mas a base se encontra no culto a natureza, não somente como provedora do alimento, mas como energia primordial, berço e vida. 

Os membros da Antiga Arte constituem agrupamentos de pessoas trabalhando com foco na magia natural, servindo como um entendedor das forças da natureza, um praticante da magia, alguém digno e com particular tendência introspectiva, sensorial que entra em harmonia com as fases das estações, que honra suas raízes, respeita o poder ancestral, cultua os deuses da natureza em seu digno habitat.




Poder ancestral é transmitido de geração a geração, através da palavra falada, do conhecimento compartilhado pelos membros do clã, a sabedoria é guardada sobre juramento dos membros e repassado as próximas gerações através dos membros mais antigos, dos espíritos dos antigos dadas por possessões mágicas ou dadas por esquemas mágicos dentro do seio do paganismo, no berço raiz e entre seus deuses antigos.

Os Deuses são forças naturais e as suas personalizações humanas foram criadas aos olhos dos homens, questão de empatia?? quem sabe, mas sem dúvida fatores psicológicos, seus mitos e ritos contam a história, e cada história um aprendizado, cada história uma carga de conteúdo riquíssimo em sabedoria, existiram homens que se tornaram lendas, e dessas lendas tornaram-se deuses, homens com dons muito admiráveis.

Como já escrevi em outro texto “ A Bruxaria Tradicional é uma das filosofias mais complexas que a simplicidade pode construir, e nada e ninguém pode traduzi-la com a escrita fria ou com a razão, para entendê-la é preciso morrer nesse mundo, perder os sentidos e acordar na praia renascido das águas do mar”.

O mais importante, além de se definir, é praticar seja qual for sua religião com amor, respeitando o próximo e a vontade alheia.
3fasesdalua.com

A Origem da Magia por Merlim

A Magia de Merlim, a original
 
Tudo começou com o maior bruxo de todos os tempos, 
Merlin Ambrosius, sim ele existiu. 
Seu melhor aprendiz era Arthur, que um dia se tornou rei da Inglaterra.
O Círculo de aprendizes de Merlim se pronunciou na Inglaterra naquela época com Arthur sendo o aprendiz que tinha mais poder do que os outros magos do Círculo.
Os camponeses da época consideraram Arthur como rei.
Merlin formou o maior grupo de magos conhecida pela humanidade.
Ele a chamou seu grupo de “The Circle”, O Círculo onde ele era o líder, conhecido pelos membros do Círculo de O Profeta.
Entre os membros incluía Morgan La Fey, a Dama do Lago, Arthur, e todos os cavaleiros chamados da Távola Redonda.
Eles foram todos ensinados por Merlin!
Aprenderam apenas magias branca; magia ofensiva, magia defensiva, a cura, a convocação, e o uso de espíritos como companheiros.
Os três foram eventualmente caminhos separados, no entanto, Merlin guiou Arthur e os cavaleiros, e a Dama do Lago formou um outro grupo de cavaleiros que se achavam os caçadores de dragão, e Morgan La Fey roubou o filho de Arthur com Mordred, criando o menino entre seu novo grupo de magia.
Merlin treinou Arthur até sua morte nas mãos de Mordred, por quem se apaixonou.
Lancelot, sendo o oficial segundo melhor aprendiz de Merlin, assumiu a posição como o Profeta e mentor, até sua própria morte depois de Guinevere.
O Círculo teve uma política de tolerância zero sobre magia negra e faz tudo ao seu alcance para erradicá-la.
O Profeta ensinou alquimia e magia exaltando poderes para a maioria dos bruxos e feiticeiros.
Um grupo de assistentes treinados na magia seguiu com a proteção à humanidade dando origem a diversos grupos e a bruxos solitários também num futuro.
Assim como em toda religião, este estilo de promover de Merlim despertou alguns indivíduos na ordem negra, desviando energias para fazer o mal.
Merlim sempre convocou a proteção à vida como aliança no Círculo.
Após sua morte, começou a Ordem Negra, a formação de bandidos gananciosos e violentos nos caminhos de todas as formas de magia, branco, cinza e preto.
Os seguidores de Morgan La Fey foram perseguidos por não entregarem os seus segredos de magia, foram mortos após torturas por feiticeiros envolvidos com necromancia.
Esta é a base da conhecida Magia de Feiticeiros, onde tudo começou, e começou com o bem, o que os feiticeiros, bruxos e magos atuais tentam resgatar em estudos do que sobrou de informações.magiazen.com.br

BRUXAS.


nelmaladeira52.com




















































domingo, 23 de fevereiro de 2014

BRUXARIA CIGANA




BRUXARIA CIGANA 
- Por Bruxa Jade Fênix

Eis o provérbio antigo cigano:
- Aonde quer os Romanis vão, lá bruxas serão encontradas.

Os ciganos são grandes portadores da magia e da bruxaria.
Seu maior ofício sempre foi os divinatórios.
Os Romanis, também acreditam na Grande Mãe, "AmariDe", que é a personificação da Natureza.
Os verdadeiros ciganos do passado, jamais permitiriam por vontade própria que seus mortos fossem enterrados em solo sagrado do cristão.
Pessoas pagãs de coração, e adoradoras de deusas, com muita aptidão com a magia, feitiçaria e o oculto são o povo cigano.
Entre os ciganos a chovihani e a drabarni, a bruxa e a mulher das ervas, são mantidas em posição de honra.
O ofício das chovihani tribais, é passada de mãe para filha, até mesmo como o que acontece entre as bruxas-não ciganas, pois o respeito da hereditariedade é muito forte.



As bruxas ciganas rezam para a Lua Nova, que é realizado com as pessoas nuas, isso em alguns clãs, tribos mais antigas.
Esse ritual é para trazer sorte, saúde e dinheiro durante o mês que se inicia.
Isso se compara aos Sabás e Esbás ao ar livre das antigas bruxas.




O fato é que a bruxaria, por ser tão antiga, as suas origenssão muito complexas, mas a sua verdadeira essência é simples - A DEVOÇÃO À NATUREZA, À GRANDE MÃE.
Ciganos são Luz, inspiração, energia e amor.
Um povo místico, fiel às suas crenças e tradições tão antiga.
Sempre digo, que nossa inspiração vem dos espíritos ancestrais...
Um povo, mesmo que com sua crença local jamais modifica sua própria essência.
Acreditamos no Baji, que é a força do destino, esse que não adianta lutar contra.
Guardamos nossos rituais de passagem com muito respeito com muito respeito, igual às bruxas antigas.
Temos nossas magias e louvores para as forças da Natureza, a luz da Lua, a do Sol, fumaça d brasas das fogueiras encantadas dos acampamentos e outras forças etéricas.



Nossas energizações, nossa ética ao ofício e arte; nossas consagrações, essências e perfumes mágicos, verdadeiras poções poderosas e encantadas.
Nossas danças, que são rituais mágicos, nossos banhos de ervas mágicas, nossos chás cheios da magia da Natureza, as poções mágicas para o amor, nossos cristais preciosos que retiramos com muito respeito da Natureza, nossos potes de encantamentos, nossos talismãs que incluem a cruz ansata, a coruja e a ferradura.
Nossos feitiços e magia cigana são muito poderosas, nossos Rituais e correntes de cura, de energização são magnéticos...
Estudamos desde pequeninas a arte , do ofício e assuntos sobre vidência, oráculos, astrologia e divinatórios, tanto no estudo palestrado por nossas mães e avós, quanto já aprendemos a prática entre os mais velhos.
E esses estudos são repassados à nós, desde os sete anos de idade, e aplicadas da mesma maneira,
aprendemos na teoria e na prática ao mesmo tempo..
Essa é a nossa magia, a nossa bruxaria.
Isso é Bruxaria Cigana!tsaraciganasamantha.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dia das bruxas

.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dia das bruxas
Jack-o'-Lantern 2003-10-31.jpg
. Coca iluminada.
Outro(s) nome(s) Haloween
Tipo Secular
Seguido por Mundial
Data 31 de Outubro
Início Amanhecer
Término Meia-noite
O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa e pronuncia-se: Reino Unido /hæləʊˈiːn/ ; Estados Unidos/hæloʊˈiːn/) é um evento tradicional e cultural, que ocorre basicamente em países de língua inglesa, mas com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (Dos Povos Celtas séc. |||)

Etimologia

O primeiro registro do termo "Halloween" é de cerca de 1745. Derivou da contracção do termo escocês "Allhallow-eve" (véspera do Dia de Todos os Santos) que era a noite das bruxas. 5
Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome actual da festa: Hallow Evening Hallowe'en Halloween. Rapidamente se conclui que o termo Dia das bruxas não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.
Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.
Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica

História

Um cartão comemorativo do Halloween.
A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:

Origem Pagã

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, no hemisfério norte). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Origem católica

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".

Atualmente

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Crianças com fantasias de dia das bruxas na Suécia.
Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.
Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar.
Possivelmente, a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), teve origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700). Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados. Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida. Em pouco tempo a data converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo-lhes: trick or treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses. Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto desaparecem as tradições locais.

Novos elementos do Halloween

A celebração do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Hollywood fornece vários filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, na qual a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma ideia errônea da realidade. Porém, não existe ligação dessa festa com o mal. Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.

Nota

A lanterna vegetal chamada de "Jack-o'-lantern" em inglês, em Portugal chama-se coca e no Brasil existe um personagem de folclore chamado Cuca. Em Portugal, a Abóbora do Dia das Bruxas e é uma tradição ancestral.
  • Coca: papão; abóbora vazia (ou panela) com buracos representativos dos olhos e da boca com uma luz dentro, para causar medo, à noite.

Referências

  1. Ir para cima Oxford Advanced Learner's Dictionary
  2. Ir para cima Gyles Brandreth (11 de Março de 2000). "The Devil is gaining ground" (em inglês). The Sunday Telegraph. Página visitada em 31 de Outubro de 2009..
  3. Ir para cima Halloween: Satan's New Year (2006) by Billye Dymally, Halloween: Counterfeit Holy Day (2005) by Kele Gershom, and Halloween: What's a Christian to Do? (1998) by Steve Russo. An opposing viewpoint is found in The Magic Eightball Test: A Christian Defense of Halloween and All Things Spooky (2006) by Lint Hatcher.
  4. Ir para cima Kevin Reece (24 de Outubro de 2004). "School District Bans Halloween" (em inglês). KOMO News. Página visitada em 31 de Outubro de 2009.
  5. Ir para cima Online etymology dictionary

Ligações externas

O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Dia das bruxas

Bruxaria

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa a execução de rituais de cunho sobrenatural com a intenção de obter benefícios pessoais, sendo também utilizada como sinônimo de cura espiritual, prática oracular e feitiçaria. Tal definição, entretanto, além de não retratar com fidedignidade mínima a bruxaria de fato (não fictícia), torna indistintas as práticas dos verdadeiros bruxos de muitas das práticas da maioria das outras expressões de religiosidade. Note-se, por exemplo, que uma prece autenticamente cristã é um ritual de cunho sobrenatural (não científico) com a intenção de obter benefícios pessoais; a cura espiritual também se encontra em diversas formas de religiosidade, desde a bênção cristã até o passe espírita. Da mesma forma, as práticas oraculares se encontram presentes até mesmo em religiões que as criticam duramente, como podemos constatar pela presença do capítulo do apocalipse na bíblia cristã. Portanto, para compreender o que é a bruxaria de fato, é necessário observar as crenças e atividades dos bruxos contemporâneos e suas referências principais.
Conforme depreendemos da leitura do fundador da wicca tradicional (bruxaria moderna), Gerald Gardner1 , em consonância com fontes das mais diversas vertentes da bruxaria moderna e tradicional 2 3 , a bruxaria é o culto à Deusa e/ou ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking). Grande parte dos grupos bruxos considera, inclusive, que diversas deusas antigas são diferentes faces de uma única Deusa, mas mesmo estes grupos as apresentam de forma separada em suas ritualizações.
Acima até da conceituação das deidades, a reintegração do homem à natureza é parte fundamental das crenças vinculadas à bruxaria, o que se evidencia na celebração do fluir das estações do ano em até oito festivais chamados sabates, sendo dois nos equinócios, dois nos solstícios e quatro em datas fixas4 . Ao fluxo de um curso completo de tais eventos chama-se comumente de Roda do Ano.
Paralelamente aos sabates, a bruxaria conta com os esbates, que celebram as fases da Lua. Aqui, todavia, há grandes diferenças entre vertentes da bruxaria, com alguns grupos comemorando quatro fases da Lua e outros comemorando apenas o plenilúnio.

Tipos de Bruxaria

A confusão entre bruxaria e magia levou aos magos e aos leigos a classificarem equivocadamente os bruxos como brancos e negros, supondo que os que buscassem/praticassem o bem seriam bruxos brancos, e os que buscassem/praticassem o mal seriam bruxos negros. Os bruxos, na verdade, não se pautam pelo modelo de bem e mal, considerando toda e qualquer magia como cinza (mistura da luz com a escuridão). A grande divisão que se pode fazer em grandes grupos na bruxaria é entre a tradicional e a moderna.

Bruxaria Moderna

Bruxaria moderna é considerada pela maioria das tradições bruxas como a que surgiu com Gerald B. Gardner, sendo sinônimo de wicca, muito embora Raven Grimassi, referência mais conhecida da stregheria (bruxaria italiana), considere Charles Leland o pai da bruxaria moderna. Ainda que iniciado por bruxas tradicionais, Gardner reuniu aos conhecimentos que elas lhe teriam passado práticas ritualísticas e simbologia da Alta Magia, bem como o princípio ético formulado por Crowley ligeiramente modificado (faça o que quiser desde que a ninguém prejudique), criando assim as bases de uma nova crença.

Bruxaria Tradicional

Bruxaria Tradicional é aquela anterior à wicca e/ou o reconstrucionismo religioso de práticas pagãs ligadas a uma tradição específica. Bruxaria Tradicional é um termo cunhado por Roy Bowers (Robert Cochrane) para diferenciar as práticas de Bruxaria pré-Gardnerianas da Wicca criada por Gardner. Ao contrário do que se possa supor, os grupos de bruxaria tradicional não reconstrucionistas, vieram ao longo do tempo absorvendo conhecimentos e conceitos de diversas expressões de religiosidade e, como não se submeteram à separação entre ciência e religião, também vieram modificando sua compreensão cosmológica e suas práticas com o avanço científico.

Tradições Bruxas

Tradições bruxas são conjuntos de crenças e práticas bruxas específicas independentes, estabelecidas a partir da influência de culturas locais ou pela criação de novas linhas iniciáticas, geralmente a partir de um iniciado do mais alto grau em outra tradição. Como a bruxaria não é uma religião fundada em estrutura dogmática rígida, com o uso de tecnologias de informação modernas os grupos de bruxos (covens ou coventículos) puderam se expandir para além de fronteiras geográficas locais, o que levou a uma considerável multiplicação de tradições bruxas entre fins do século XX e início do século XXI.

Bruxaria Ancestral

Tradição bruxa que venera deuses anteriores ao período histórico, tendo entre suas crenças principais a de que o ser humano não é superior aos demais animais e que tudo no universo segue o mesmo fluxo, por eles chamado de "Dança da Deusa". Seu fundador foi iniciado e membro do Conselho de Anciãos da Tradição Ibérica, entretanto as experiências místicas pelas quais passou desde o início o levaram a desenvolver ainda dentro da Tradição Ibérica uma veneração à parte, voltada a deidades mais antigas que as lusitanas, veneradas em seu coventículo de origem. Acumulando-se divergências ideológicas e filosóficas, o cisma que deu origem à nova tradição foi natural e inevitável, com a criação da Ordem Sagrada de Bennu, sediada no Brasil.

Stregheria

Tradição bruxa natural da região onde hoje se encontra a Itália, tendo suas raízes nos cultos neolíticos à Grande Deusa naturais da região do Mediterrâneo e do Egeu e construída sobre mitos de diversos povos, dentre eles os micênicos e etruscos..5

Tradição Alexandrina

Contemporâneo de Gerald Gardner, Alex Sanders fundou a Tradição Alexandrina, bastante semelhante à wicca, porém pertencente a outra linha iniciática e mais liberal quanto à exigência de nudez ritual.

Tradição Diânica

Caracterizada pela supremacia do culto à Deusa, em relação ao culto ao Deus, a Tradição Diânica é considerada a linha feminista da bruxaria, sendo que alguns de seus grupos só admitem membros do sexo feminino.

Tradição Ibérica

Tradição bruxa que cultua antigos deuses da Península Ibérica, em especial da Lusitânia. A origem de tal linhagem se perde no tempo. Apesar de os registros mais antigos de linha inciática da Tradição Ibérica datarem de fins do século XVIII, cogita-se que por motivos de perseguição religiosa não eram tomados registros antes do início do século XX, sendo provável que tal tradição tenha sido fundada pelas bruxas de aldeia da região onde hoje é Portugal com base em práticas e conhecimentos da cultura celtíbera, anteriores à conquista romana.

Wicca Tradicional ou Tradição Gardneriana

Mãe de diversas tradições bruxas modernas, a Wicca tradicional foi fundada por Gerald Gardner em meados do século XX, a partir do sincretismo entre a bruxaria tradicional inglêsa e a alta magia ensinada na Golden Dawn. Diversos iniciados por Gardner deram origem a outras tradições, ainda assim consideradas wiccanas, motivo pelo qual passou a se chamar a bruxaria ensinada por Gardner de wicca tradicional.

Referências

  1. Ir para cima Gardner, Gerald B., A Bruxaria Hoje. Madras, São Paulo, SP, 2003 - ISBN 8573747293
  2. Ir para cima Grimassi, Raven. Bruxaria Hereditária: Segredos da Antiga Religião. Gaia - ISBN 8575550071
  3. Ir para cima Buckland, Raymond. O Livro Completo de Bruxaria do Buckland. Gaia - ISBN 8575550045
  4. Ir para cima Farrar, Janet; Farrar, Stewart. Oito Sabás para Bruxas. Anubis - ISBN 8586453064
  5. Ir para cima Grimassi, Raven. Bruxaria Hereditária: segredos da antiga religião. [S.l.]: Gaia, 2003. 30 - 31 p. ISBN 8575550071